Hoje para nós professores é um dia de folga, descanso, mas deveria ser sim um dia reconhecimento a estes grandes profissionais, como afirma o decreto que institui essa data:
DECRETO nº 52.682, de 14 de outubro de 1963.
Declara feriado escolar o dia do professor.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA DOS ESTADOS UNIDOS DO BRASIL, usando das atribuições que lhe confere o item I do artigo 87 da Constituição Federal,
Decreta:
Art. 1º O dia 15 de outubro, dedicado ao Professor fica declarado feriado escolar.
Art. 2º O Ministro da Educação e Cultura, através de seus órgãos competentes, promoverá anualmente concursos alusivos à data e à pessoa do professor.
Art. 3º Para comemorar condignamente o dia do professor, aos estabelecimentos de ensino farão promover solenidades, em que se enalteça a função do mestre na sociedade moderna, fazendo participar os alunos e as famílias.
Art. 4º Êste Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Brasília, 14 de outubro de 1963; 142º da Independência do Brasil; 75º da República.
Presidente João Goulart
Paulo de Tarso
São muitas as barreiras e dificuldades, mas com fé e esperança conseguiremos um ensino-aprendizagem de qualidade!
Desejamos a todos os professores MUITO SUCESSO e FELICIDADES na carreira!
Leia essa reflexão da Profa. Ivone Boechat:
E o professor?
As políticas públicas para atender aos clamores da educação parecem estar sensacionais. Parecem!
Nas Escolas, há uma euforia lá para o lado dos refeitórios, uma verdadeira festança: hambúrguer, macarrão, muita salsicha, um festival de massa de tomate. E os fabricantes de mochilas, uniformes, cadernos e livros dando testada uns nos outros para vencer a maratona de encomendas! Na área de equipamentos, há um amontoado de fios e benjamins e lap top e data show, uma exposição de salas de informática que é um zun-zum, e ...vale transporte para as crianças...
Aí, você passa pelos diários de frequência às aulas, pelo aprendizado, pelo desempenho e a coisa pega feio. Aquilo tudo não contribuiu, como se esperava, para a melhoria do rendimento escolar? Não rendeu tudo isto! O Rio de Janeiro amargou uma classificação no desempenho que é um horror, só ganhou do Piauí, apertado. Será por que?
Será por que? O que adianta uma tecnologia pós-moderna e uma metodologia ultrapassada? De que vale um lap top na mão direita do professor e um salário de fome na outra mão? O que adianta uma barriga cheia de salsicha e um cérebro transbordando de informações desencontradas? Por que se adota um método de alfabetização já desprezado e condenado pelos países que têm interesse em acabar com o analfabetismo?
Coitado do professor! Cada um que se candidata a se esparramar por cima do salário milionário de político tem a cara de pau de dizer que sabe onde estão os maiores problemas da educação - e sabe mesmo, por isso passa bem longe da solução. Alguns chegam a propor plano de carreira e o professor fica correndo em quatro empregos, correndo para morrer de tanto trabalhar. É isto que é carreira?
Coitado do professor, ele vê as crianças indo para a Escola com vale transporte, ele vai de carona, a pé, de bicicleta... Não que ele não concorde com essa proposta de dar tudo ao aluno, só que ao professor só oferecem mais serviço. Quando alguém vai se lembrar de que o professor, diante desta zoeira toda de modernidade, precisa estudar e se atualizar cada dia mais, se vestir melhor, falar, pelo menos duas línguas... e viver?
Fonte: http://www.escrita.com.br/leitura.asp?Texto_ID=14309
Liberdade
ResponderExcluirA liberdade não é um pássaro voando no azul do infinito, sem destino, sem consciência: ser livre é ser infinito em cada destino, é saber porque e para que voar naquela direção.
A liberdade propõe autonomia e habilita a sair das cavernas para abrir os olhos e ver as próprias oportunidades. A pessoa livre não depende, compartilha, não estende a mão para receber, sem trabalhar, porque é um ser inteligente capaz de superar, avançar, aprender, produzir. A liberdade é a mãe da igualdade: ela não sustenta a pobreza, ela socorre na fome emergencial, mas ensina seus filhos a pescar.
A liberdade mobiliza, não paralisa. Ela inclui. Jamais exclui alguém pela raça, pela camada social, pela etnia, pela fé que professa, pelo pensamento político/ideológico. A liberdade põe de pé, dá energia para concorrer e vencer, chegar junto, sem deixar pessoas clamando na beira do caminho eternamente.
A liberdade não censura, não se desculpa, não discrimina, ela ensina o discurso e a postura dos iguais perante a lei e canta junto o hino cívico, sem interferência de apartheid. A liberdade é o espelho onde se mira a responsabilidade.
A liberdade é atributo do ser humano. Ela não aceita máscara, mentira, submissão, nem tem medo da verdade, porque só a verdade liberta.
Ser livre é não estar comprometido com nenhum tipo de constrangimento e nem estar carimbado por siglas que reduzem a velocidade no caminho da paz. Para ser livre há sacrifícios e não guerra!
Ser livre não é impor conceitos, filosofia, ideologia, religião, política. Ser livre é ter sabedoria para viver a verdade sem atropelar o tempo e o espaço, no limite do outro. Quem impõe não sabe o que é liberdade. Quem apoia a servidão, a escravidão, o sequestro de ideias ou se regozija com a prática de manter pessoas reféns de qualquer projeto político, tem discurso provisório e frágil de liberdade. Finge-se libertador.
"...Liberdade, essa palavra que o sonho humano alimenta que não há ninguém que explique e ninguém que não entenda..." Cecília Meirelles.
Ivone Boechat
Desastre pedagógico
ResponderExcluirIvone Boechat (autora)
A escola, devagar e na contramão, bateu de frente com a realidade universal. Muitos pularam antes do choque, mas não conseguiram evitar o pior. Os professores de Língua Portuguesa e de Matemática, privilegiados com assento no banco da frente, estão muito machucados. O professor de Português enrolou a Língua e faz análise e orações para não morrer.
O titular de Matemática, por frações, escapou. Agora, mastiga raiz quadrada e equações. Menos de 50% das visitas (alunos) conseguem entender o que se fala e, desse jeito, pelos sintomas, não vai escapar das quatro operações.
Numa curva mais fechada, perderam-se os professores de História, de Geografia e de Ciências. Na queda, sofreram amnésia. Os estudantes aflitos gritam, pedindo informações atuais e eles só resmungam coisas do século passado, não enxergam as mudanças que se processam, velozmente.
O acidentado professor de Inglês, ainda muito assustado, olha de um lado para outro, procurando o "to be" e o "to have", amigos inseparáveis. Meio tonto, jura que viu o datashow, o laptop, o tablet, o vídeo e o televisor, recursos próprios para as aulas. Acordou, era febre alta, estava apenas variando, coitado.
Os professores de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) não conseguem ainda ficar de pé. Diretores, coordenadores, especialistas da educação, visitam os colegas, com sorriso amarelo, sem graça, porque não têm recursos para o tratamento que o mal exige.Os computadores estão lá, sim.Só isto, mais nada.
A escola precisa de grande reforma mecânica. Os faróis dirigentes devem ser trocados por outros mais possantes. A visão está péssima. Os pneus da coordenação, gastos de rodar pra lá e pra cá, procurando coerência, precisam ser substituídos para continuar a procura.
Os professores, após um período tão grande de imobilização, expõem gravíssimo raquitismo. O desastre atingiu a toda esta geração e alta mesmo os doentes não terão, a curto prazo. Todavia, a escola, enfermo principal, indicou ao povo tratamento na rede particular, até que todos sintam a importância da restauração do direito constitucional de se implantar a educação de ótima qualidade e o "ensino gratuito e obrigatório". A Escola está lá, sim, só isto, mais nada.
Agradecemos sua colaboração em nosso blog, Profa. Ivone Boechat!!
ResponderExcluirObrigada! Peço, por favor, que corrijam meu nome no texto aqui postado sob o título E O PROFESSOR?
ResponderExcluirObrigada! Peço, por favor, que corrijam meu nome no texto aqui postado sob o título E O PROFESSOR?
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