sábado, 25 de agosto de 2012

Escola realiza Gincana: "Parnaíba, nosso orgulho".

Complexo Cultural Porto das Barcas,
localizado a margem do Rio Igaraçu,
Parnaíba-PI.
Na manhã de hoje, nossa escola realizou uma gincana cultural em comemoração ao aniversário de nossa cidade, ocorrido no último 14 de agosto e para celebrar o folclore local e nacional, já que no último 22/08 foi o "dia do Folclore". 
A Gincana: "Parnaíba, nosso orgulho" envolveu alunos dos turnos Manhã e Tarde do Ensino Fundamental. As equipes foram caracterizadas pelas cores branco e azul - cores de nossa bandeira. O turno Manhã, pela cor branca e turno Tarde - Azul.
Os competidores participaram de diversas provas: melhor grito de guerra (torcida), formação de palavras - pontos turísticos de Parnaíba - com o alfabeto móvel, melhor interpretação do hino municipal, paródia sobre nossa cidade, melhor cartaz e perguntas e repostas sobre Parnaíba.
Foi uma festa belíssima e consistiu num momento ímpar para a sondagem dos conhecimentos sobre nossa terra.
A equipe Branca (Manhã) ganhou da Azul (Tarde) por uma pequena diferença de 4 pontos.
Ao final da gincana houve duas apresentações de danças do nosso folclore: carimbó e forró - danças por alunas e ex-alunas.
Parabéns a todos os professores e alunos pelo empenho! 
Parabéns também à equipe campeã - Branca!

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Comemoração dos 250 anos de história da Vila São João da Parnahyba

Sobrado "Dona Auta". Atual sede do IHGGP e da
Biblioteca pública municipal
O Instituto Histórico Geográfico e Genealógico de Parnaíba (IHGGP) e a Secretaria Municipal de Cultura, que tem a frente o secretário Francisco Nunes Dourado, realizam amanhã, dia 18 de agosto de 2012, programação alusiva à comemoração dos 250 anos da Villa de São João da Ribeira do Parnahyba.
Em 18 de agosto de 1762, João Pereira Caldas, Governador da Capitania de São José do Piauhy, instalou solenemente a Vila de São João da Parnahyba, numa solenidade realizada na Matriz de Nossa Senhora do Carmo, em Piracuruca.
Nesse mesmo ano, o governador João Pereira Caldas, além da Vila de S. João da Parnaíba, criou as vilas: Nossa Senhora do Livramento de Paranaguá (hoje Parnaguá), Jerumenha, Valença, Santo Antônio do Surubim (hoje Campo Maior), Marvão (hoje Castelo do Piauí).
A data 1762 aparece no brasão (Armas municipais) de Parnaíba, juntamente com as datas de 1844, ano em que a Vila foi elevada à categoria de cidade e 1963, quando o prefeito Lauro Correia oficializou os símbolos municipais.

Programação: 
Sábado, 18 de agosto, às 18:00h - Instituto Histórico Geográfico e Genealógico de Parnaíba.
Inauguração da Sala de Cinema Wanildo Mendes; exibição do Filme O Guru de Sete Cidades, que retrata Parnaíba na década de 70. O prof. Mauro Júnior, fará uma explanação sobre o filme; palestra com o prof. João Renor Ferreira de Carvalho – UFPI, com o tema Os Tremembés. 
O palestrante fará um momento de autógrafo de suas obras: A Geopolítica Lusitana do Século XVIII no Piauí Colonial 1718-1779, O Sertão; Sarau com música, teatro, dança e poesia no quintal de D. Auta, com a participação dos grupos: Cabaça produções, Sete Faces, J. Dance, Banda Municipal de Parnaíba e os artistas Carlos Pontes, Jane Mercury, Dayanne Sampaio, Vera Costa e outros.
Durante as apresentações será servido um coquetel.

História do Sobradão de Dona Auta
Sobrado de D. Auta: um dos mais antigos da cidade de Parnaíba fica localizado na Rua Duque de Caxias com a Rua São Vicente de Paula, conserva ainda o típico aspecto colonial, data do século XVIII. A fachada apresenta beiral e seis janelas com sacada de ferro. Foi casa residencial, Capitania dos Portos; e em 1918 serviu de Sede do Banco do Brasil, 1ª Casa Creditória da cidade. Ali funcionou também o Grupo Escolar Miranda Osório.
O Sobrado de Dona Auta encerra uma lenda e várias versões. Pertenceu a uma Dama da sociedade, que viveu um grande sonho de amor. Amou perdidamente um imigrante europeu e, com sua partida, viu o seu sonho frustrado. Sabe-se que ela era linda e elegante e que a partir dessa desilusão não mais saiu de casa, ficando reclusa a uma pequena saleta que mandara construir no alto do prédio para que pudesse admirar o panorama da cidade.
Em outra versão admite-se ser D. Auta uma ex-escrava do Capitão Francisco José Castelo Branco, linda mulata que se enamorou de um imigrante europeu e dele recebeu atenções e este lendário sobrado.
Ainda presume-se, segundo pesquisas, que D. Auta foi a primeira esposa de Francisco José Castelo Branco, dono do velho sobrado. (Por Edilson Morais Brito)

Fonte: Jornal da Parnaíba (Adaptado)

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Parnaíba 168 anos: Uma cidade, uma história


Parnaíba, localizada a 345 km de Teresina, é uma das cidades de maior importância cultural, econômica e histórica do Estado do Piauí, desde à sua fundação que começou com a Vila São João da Parnaíba no povoado Testa Branca, local hoje conhecido como bairro Floriópolis/Catanduvas. 
A cidade começou a se desenvolver com a criação de gado, sendo esta a sua primeira atividade comercial e que impulsionou a economia da cidade. O comércio da carne bovina deu origem ao lugar chamado Porto Salgado que logo se transformou na base de acolhimento de mercadorias que eram transportadas nos bergantis [Primeiras embarcações de tipo europeu edificadas de forma mais seguras para atravessar os mares e a duas primeiras foram construídas no Rio de Janeiro, em 1531.] pelas águas do rio Parnaíba e de seus afluentes. 
A história reconhece três datas magnas que caracterizam o passado e presente de Parnaíba como o polo de desenvolvimento na região nordeste. A data de 1711 tem como marco a construção da capela de Nossa Senhora de Monserrat na Rua Conde D’eu. A seguir surge a data [18/08] 1762 que marca a criação da Vila de são João da Parnaíba. Terceira e última, [14/08] 1844, que marca a transformação da vila em cidade. 
Entre os governantes sempre estará na memória dos parnaibanos a figura imponente de Simplício Dias da Silva, que aparece como o primeiro intendente do município. No presente destaca-se o prefeito José Hamilton Castelo Branco que se imortalizará como o mais importante da era moderna. Somente ele conseguiu ser prefeito de Parnaíba por três mandatos. 

Por Paulo Ferreira, jornalista e acadêmico de História.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Conheça algumas lendas parnaibanas

A  LENDA  DA  CARNAÚBA

            Em uma região muito fecunda e bonançosa – conta uma lenda indígena – habitava uma tribo feliz e próspera, em tempos em que a memória não guardou.
            Um dia, uma seca terrível assolou o País lendário.  Luas e luas e os habitantes aguardaram as chuvas.  Mas o flagelo persistiu.  E a tribo, outrora feliz, viu seus filhos morrerem um após outro.  Uma família apenas sobreviveu à catástrofe: um casal e um filho.  E, ante a ruína do seu povo, os três partiram em busca de outras terras. 
            Seis dias e seis noites viajaram os retirantes.  No sétimo dia, sob um sol escaldante, avistaram na chapada uma palmeira perdida no deserto.  Abrigaram-se à sua sombra para uns momentos de repouso.  Vencidos pelo cansaço, os pais adormeceram, enquanto o jovem índio, desperto, implorou as graças de Tupã.
            Nesse momento, no alto da palmeira, entre sua folhagem, surgiu uma mulher, morena e bela. 
            ― Meu nome é Carnaúba, disse ela.  Como a tua, a minha tribo foi destruída pela seca.  Quando morri, Tupã, apiedado, transformou-me nesta palmeira, para que protegesse nossos irmãos de raça.  Toma de teu machado e me corta! Do meu estipe tirarás o palmito, e terá alimento. Com minha palha, construirás teu abrigo; da minha cera farás velas e terá paz.  O meu fruto plantará e outras palmeiras surgirão para o teu povo.
            Assim fez o jovem índio.  Em alguns anos, o deserto transmudou num palmeiral farfalhante.  A família transformou-se em "Clã".  A vida voltou a ser feliz.  E o jovem índio, agora envelhecido, partiu para levar, às outras tribos, sementes da palmeira de Tupã, que passou a chamar-se a "ÁRVORE DA VIDA".

A LENDA DA MACYRAJARA

            Macyrajara era uma linda jovem de olhos amendoados e cabelos longos. Seu pai era o chefe Botocó da tribo dos Tremembés, que habitavam as terras da margem direita do Igaraçu até o mar.
            Macyrajara conheceu Ubitã, jovem guerreiro pertencente a uma tribo inimiga da sua, que habitava a planície litorânea. Os dois se apaixonaram e passaram a se encontrar às escondidas.
            O pai de Macyrajara tomou conhecimento e, discordando daquele amor, mandou prendê-la numa oca vigiada por sete guerreiros.
O desenho estampa a parede do Centro Recreativo do SESI 
na Lagoa do Portinho, em Parnaíba-PI
            Ubitã, louco de saudades, procurou em oração se aconselhar com o deus Tupã. E à noite, quando dormia, Tupã lhe disse que Macyrajara estava presa e que ele não fosse procurá-la porque podia morrer.
            O destemido guerreiro, levado pela paixão, não ouviu os conselhos de Tupã. E, ao anoitecer, saiu à procura de seu grande amor. Ao chegar próximo à oca, foi atingido no peito por uma flecha inimiga, tendo morte imediata.
            Macyrajara, ao tomar conhecimento da tragédia, saiu correndo e desapareceu na escuridão da noite. Três dias após vagar pelas matas, parou em um olho-d’água. Naquele momento, começou a chover, ela, então, cheia de dor e tristeza, começou a chorar. Ali suas lágrimas e a chuva se juntaram àquelas águas que corriam.
            Tupã, apiedando-se dela, transformou suas lágrimas no rio que separou as duas tribos.
            Hoje, aquele rio chama-se Portinho e separa as terras de Luís Correia das de Parnaíba.


A LENDA DO CABEÇA DE CUIA

            Era uma vez um pescador chamado Crispim, que certo dia ao voltar de uma infrutífera pescaria, cansado ao adentrar em seu casebre resmungou para a mãe:
            ― Quero comer!
            ― Pronto  filho, só temos pirão e este corredor de boi. 
            E colocou a tigela de pirão com o corredor em uma improvisada mesinha.
            ― Esta porcaria?
            Irritou-se e arrebatou com o corredor na mão agredindo violentamente sua pobre mãe, que cai por terra agonizando:
            ― Filho ingrato, eu te amaldiçoo: não terás o descanso eterno enquanto não devorares sete Marias virgens. Vagarás como morto-vivo!
Ilustração: Di Holanda
            Mas, pelo encanto ele não morre, transforma-se num ser horrendo, aquático. Sua aparência, deformada, cabeça grande, corpo esquelético o fez conhecer-se cabeça de cuia.   Daí por diante, sempre dizem que aparece nas cheias, virando canoas, assustando lavadeiras em sua busca frenética pelo descanso eterno, com a tentativa de cumprir a sina de devorar sete Marias virgens.

LENDA CABEÇA DE CUIA EM CANTO

Sete Marias
Precisa tragar
São sete virgens
Por encanto quebrar.

Quando o rio
Lua cheia desce
Cabeça de Cuia
Sempre Aparece.

Rema pra margem
Oh! Velho pescador
Que na curva do rio
O monstro vai apontar.

Castigo tremendo
Que Deus lhe deu
Por bater na mamãezinha
Crispim lhe encantou

Tem medo, oh! Maria
Que estás a lavar
O Cabeça de Cuia
Te pode tragar.

O VAREIRO DE PARNAÍBA

Porto das Barcas - Porto Salgado - início do século XX
Foto: Morais Brito.
            Vareiro ou “porco d’água”, era uma figura típica do rio Parnaíba, que durante muitos anos se destacou em nosso município, antes da navegação à vapor teve ele mesmo que gerar a força-motriz necessária para acionar as primeiras embarcações, desde o Porto Salgado, até além, do curso médio, do rio Parnaíba, com o uso da vara de 4 braças, do cabo de espiada de manilha.
            Quando, nos dias de folga, o vareiro gostava de vestir calça de mescla ou riscado grosso, com camisa de listrinha azul e branco, exibindo sua musculatura de homem de sol, com talinge nos braços, chapéu branco de abas curtas, viradas para cima e tamancos pesados, com rosto de sola ou pele de bode curtida e o cinto de sola grossa, com fivela de latão, era indispensável. Não esquecia a faca marinheira, embainhada, e cujo cabo destacava-se uma estrela de cinco pontas para combater “mandinga”. Sua arma era “cacete de jucá”, que sempre ficava na embarcação e, só usada quando ameaçados.
            Eles faziam a alegria do porto e da Rua dos Barqueiros, na Quarenta.
            Com o crescimento do Porto Salgado, a navegação à vapor, em substituição aos pequenos barcos e canoas, e a construção da ponte Simplício Dias, pouco a pouco, esta figura típica desapareceu de nosso município, existindo apenas, em determinados trechos do rio, onde há carência de transporte. 

LENDA DO MORRO GEMEDOR

            A índia Intã, linda jovem Tremembé descendente de Mandu Ladino, vivia na Ilha Grande de Santa Isabel, numa linda praia próxima a Pedra do Sal.
            Intã amava a natureza, gostava de caminhar pela praia, brincando com a areia e as ondas que chegavam aos seus pés e num desses passeios encontrou desmaiado, um náufrago, moço branco, de cabelos loiros, sua formosura deixou a Índia Intã encantada e apaixonada e, logo passou a chamá-lo de Ará.
            Consciente do perigo que corria caso fosse visto pela tribo, Intã resolveu escondê-lo, e escondeu seu príncipe numa cabana distante, abandonada. Quando ele se recuperou os dois começaram a passar os dias se amando, envolvidos no maior romantismo e não perceberam, entretanto, a invasão das dunas. A areia cobria a “cabana do amor”, como poderiam chamá-la.
            A cabana desapareceu, foi coberta pela areia e, segundo contam a índia Intã  continua a gemer nos braços de seu grande amor o seu príncipe Ará.
            O lugar soterrado deu origem ao Morro Gemedor, e se você tem dúvidas sobre está historia, visite e tente subir, o Morro Gemedor que você ouvirá com certeza, os  “Ais” de amor de Intã e Ará.

OBS.: Devido a divisão territorial ocorrida em 1997, esse morro localiza-se agora no município de Ilha Grande do Piauí, portanto não é mais uma lenda tão "parnaibana".

FONTE: Adaptado de: Morais Brito: viagens e turismo.  Acesso em: 13.08.2012.

sábado, 11 de agosto de 2012

Professor realiza aula-passeio no Centro de Parnaíba

Neste, 11 de agosto, dia do Estudante, e às vésperas do aniversário da cidade de Parnaíba (14/08/1844), o professor Hermerson Saulo realizou uma aula-passeio com seus alunos do 5º Ano. O convite foi feito a todos, mas só 9 alunos compareceram - bom para quem foi!
O "city tour" começou na Avenida Presidente Getúlio Vargas, a partir do Banco Bradesco e prédio da Oi-Telemar, parando em frente à Casa Grande da Parnaíba (residência de Simplício Dias da Silva) que será reinaugurada em 14 de agosto próximo, depois seguindo para o Complexo Cultural Porto das Barcas, em seguida parada no marco histórico da cidade, a Capela de Nossa Senhora do Montserrathe, construída em 1711 e depois visita às igrejas e monumentos da Praça da Graça. O passeio terminou na Praça Santo Antônio onde também fica o terminal do transporte público.
A diretora-adjunta, Profa. Genice, acompanhou o professor e alunos ao passeio turístico.
Confira outras imagens da aula:
Os nossos agradecimentos aos alunos que participaram de maneira educada e aos pais por terem autorizado seus filhos a participarem dessa aula diferente!
Nossos parabéns, enfim, aos estudantes pela passagem do seu dia!
Viva os alunos! Viva nossa escola!
Viva Parnaíba, pelos seus 301 anos de história e 168 de emancipação política!!
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